sexta-feira, 14 de março de 2008

Um sonho chamado Roma


Uma resenha do filme Gladiador, dirigido por Ridley Scott, EUA, 2000 configurada com a obra AURÉLIO.Marco "Meditações".

No apogeu de seu poder, o império romano era vasto, estendia-se dos desertos da África às fronteiras do norte da Inglaterra. Um quarto da população mundial vivia e morria sobre a lei e o domínio dos césares. No inverno do ano 180 d.C., a campanha de doze anos do imperador Marco Aurélio contra as tribos germânicas estava chegando ao fim, estabelecendo um tempo de paz e esperança.

Marco Aurélio está debilitado há dez anos e começa a sentir a morte se aproximar. Seu filho Cômodo aguarda o momento de, sucedendo o imperador, assumir o poder. Porém sua vontade não é a mesma do pai que vislumbra um novo destino para Roma: uma república democrática no lugar do Império, de modo a acabar com as guerras que provocam o derramamento de sangue de seus soldados. Chega de Política... Eu estou morrendo, Máximus, e quando um homem está morrendo ele quer saber se havia algum propósito em sua vida, afirma o imperador a seu general, pois está preocupado como será lembrado no futuro: como um filósofo, um guerreiro, um tirano ou um imperador que devolveu a verdadeira alma a Roma?

Nesta obra cinematográfica, Cômodos mata seu pai asfixiado sobre seu peito – porém esse fato não é comprovado historicamente. O poder fica em suas mãos, e de imediato ele a Máximus que o obedeça, contudo esse último o desaprova. Essa atitude lhe acarreta terríveis conseqüências: sua família é brutalmente assassinada, e ele é levado como um escravo para Zucchabar – Província de Roma, sendo comprado por um comerciante que o tornará um gladiador.

Neste período, a política do “pão e circo” tem sua ascensão com o jovem imperador. Ele a adota como forma de conquistar a aceitação plena do povo e se fortalecer para depois extinguir o senado, que lhe desagrada ao desaprovar seu governo. Cômodos quer chegar ao coração do povo romano pela arena do Coliseu, dando-lhe confrontos mortais entre gladiadores como diversão. A autoridade lhe é confrontada no próprio Coliseu: Máximus, que fora general de seu pai, agora é o gladiador que o desafia.

Cômodos aceita o desafio, mas inicia de forma desleal ferindo Máximus que estava amarrado. Porém o destino não lhe proporciona sorte e ele é derrotado. O povo que gritava com o espetáculo agora silencia, e Máximus, que também está morrendo, antes de cair pede: liberte os prisioneiros, dê o comando ao senador Drakus. Era uma vez um sonho chamado Roma. Esse foi o desejo que Marco Aurélio expressou a Máximus, e ele relembra-o em seu último momento sobre a arena do Coliseu.

No filme Gladiador, a paz, que só é selada pela dor que a precede, é um marco deste tempo em que homens se tornam deuses tanto nos combates como na história.

2 comentários:

Anônimo disse...
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taylorismo disse...

Eu queria poder entrar em contato com o dono do blog, caso seja possivel , me informe aqui, que passarei meu contato.