sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O sonêto 11 de Luiz Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor?

homenagem a minha màe

A aurora da juventude...

Primeiro de tudo devemos reconhecer: Elizabeth, cada ano que passa voce esta mais bonita. Seja por forças terrestres, cosmicas, naturais, sobrenaturais, espirituais, biologicas, fisicas ou mesmo psiquicas e transcendentes, ou mesmo pela junçào de todos esses elementos. A conclusào matematicamente falando que encontro é que tu esta mais bela!

Com o passar do tempo semelhantemente com o processo da aguia voce se transformou e radiosamente ganhou mais iluminaçào, sabedoria e vivacidade. Talvez pela possibilidade de poder olhar do alto das montanhas e se permitir voos mais longinquos tu tenhas se tornado mais bela. Os poetas diriam que voce alcançou o patamar do sublime e absoluto e assim alcançando a plenitude da vida, os filosofos diriam que a poucos anos voce renasceu e se tornou amiga da sabedoria, os teologos diriam que o espirito da divindade se acende de forma mais latente em seu interior e os misticos afirmariam que agora tu podes vislumbrar o volto de Deus e inebriar-se com seu esplendor.

A linguagem de Deus é o silencio. Uma linguagem mistagogia que so se compreende na maturidade e no entardecer da vida. Entardecer que nào significa anoitecer e escurecer, mais preparar-se para o amanhecer e a nova luz que vem surgindo do alto. O Sol para os antigos povos egipcios e orientais era o sinal da propria divindade e na concepçào daquela cultura era uma divindade feminina. Assim retornamos ao titulo deste texto a aurora da juventude e é aurora porque se remete a algo feminino e simultanemente belo, porem belo como caracteristica propria dos seres capazes de gerar vida e nesta dinamica de gerar e nutrir uma vida que vai chegar, nutrir com seu proprio ser e nào falo de vida no senso globalmente biologico, mas especificadamente no senso de gerar ser humano racional , isto é homo sapiens.

Deus e a mulher, dois seres que se assemelham no artesanato de criar e gerar vidas humanas e unicos portadores deste canal cosmico que liga o que é do céu com o que é da terra, fazendo uma unica substancia em duas especies. Transubstanciaçào, legame de duas especies que se justapoem em uma unica, processo cristico na natureza humana fazendo dela tambem divina. Assim escreve o dogma cristào e creem os fieis e assim faz Deus tornando o que seria impensavel em projeto de salvaçào e redençào.

Mulher, antes de ser minha màe tu és uma mulher e como ser com e pela divindade gera vida humana, tu és deus por participaçào. Mulher cristica que como Maria gera um salvador da singeleza de seu ventre e na pureza de suas entranhas. Alimenta-os com o leite e amor de seu caloroso peito e lhes mantem protegidos com a força e garra de seus braços. Sintese de ternura e vigor, potencia e fragilidade e morfologia de amor e esperança do e nos olhos deste que chegou e nunca termina de chegar. Os olhos de um filho sào sempre caminhos misteriosos para uma màe, terreno a ser redescoberto sempre e quando se trilha nas veredas desses olhos se ve assim como no reflexo de um espelho. Porque nos olhos de um homem vive uma mulher, no globo ocular de um menino habita sua màe e basta guardar-lhe com fe e tu vera voce mesma na imensidào destes olhos.

Parabens minha màe. Que orgulho ser seu filho e me enveredar nos caminhos do ser que se vai descobrindo e redescobrindo em seus olhos. Sua voz se tornou uma cançào para meus ouvidos nas noites frias e solitarias e nos momentos de duvida seus passos me dào firmeza mesmo na distancia. Que Deus, o seu tu interior te conduza pelo verde das florestas e dos bosques celestes e transporte luz do Sol em seu espirito e coraçào. Ilumine e gere vida em vida que necessitam de seu ser e de seu calor.

Te amo com a singeleza de um nascer do Sol e o vigor de uma cascata que toca os rochedos.

com carinho

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vinte e sete

A primeira coisa que desejei fazer quando chegou este dia ( sete de outubro) foi escrever. Escrever quem sabe para mim mesmo ou talvez para aqueles que possivelmente possam em um ato heroico responder ou comentar meu texto. Ato heroico porque revela a capacidade de sentir e cuidar, isto mesmo, digo cuidar de um texto e de cada palavra que foi gerada nele como uma màe carrega com amor seu filho recem nascido nos braços e lhe da proteçào.


Vinte sete anos, mas o que sào vinte sete anos? Primeiro de tudo ja nào sou tào jovem assim. Este é um tempo da vida que exige um recolhimento interior, pois esta etapa faz uma ponte entre a aventureira juventude que tem como meta as coisas impossiveis e a maturidade que vem um pouca mais lenta, nào é mais tào aventureira e se contenta com a simplicidade das coisas possiveis da vida, como diz um ditado da Grecia antiga (originario do templo de Delfos) nao deseje o impossivel e faça tudo de acordo com seus limites, acredito que os grandes filosofos (como Socrates e Platào 600 ac) nào so aprenderam, mas tambem ensinaram bem esta liçào.


Liçào? Sim, tempo de recolher os frutos maduros que cairam da arvore e saber que sempre é tempo de plantar novos. Esta metafora me recorda a morfologia da amizade que se assemelha ao ato de colher os frutos e deve ser um oficio cotidiano. Os frutos recolhidos e o cuidado ofertado no passado que nào se pode deixar esquecido no futuro e necessita do amor de seu plantador. Talvez, esta seja a tarefa mais ardua e mais nobre, pois exige fidelidade e dedicaçào. Quando Santo Agostinho falava da amizade ele primeiramente vivenciava este milagre divino. Agora me pergunto: como pessoas humanas como nos podem adiantar no presente aquilo que se sente e somente se encontraria na eternidade? Agostinho era um bom discipulo do tempo e refletia sobre a amizade e em uma de suas sinteses afirmava que estas relevancias nào se compreendem, mas se vivem e espiritualmente podemos crer pois é dom de Deus. Deus que e silencio e misterio!


Tempo? Vinte e sete pode ser um numero de belas reflexoes e analises numerologicas e simbolicas. Mas sempre me dirijo a refletir sobre o tempo e o ser que em um contexto historico se encontra nele. A espiritualidade e a mistica que circunda podem ser de tamanho valor. Mas o tempo, este fator imcompreenssivel, mas medico de nossas vidas, que nos envelhece e rejovenesce ao mesmo tempo, mas nos faz orar e transcender para alem do universo e entender que existem perguntas que nào devem ser respondidas ou feridas que nào vào ser cicatrizadas agora. O senhor do céu e da terra, o kronos e kairos do homem e por fim o alfa e o omega dos elementos naturais possui seus encantos e mesmo que sejam temporais podem ser eternizados no coraçao. 

Oração ao Deus desconhecido

“Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravados em fogo estas palavras: ”Ao Deus desconhecido”.
Sei, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrilégios.
Sei, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-Lo.
Eu quero Te conhecer, desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer, quero servir só a Ti. “

Friedrich Nietzsche


domingo, 17 de outubro de 2010

PAIXÃO DE JESUS



Primeira parte Prisão de Jesus 18,01 - 18,27



Segunda parte Jesus diante de Pilatos 18,28 – 19,16



Terceira parte Morte de Jesus 19,28 – 19,42





19,17 Crucificação







1. INTRODUÇÃO





A dor dos pregos perfurando suas mãos aliada à dor provocada pela coroa feita de espinhos ao redor de sua cabeça, não foram tão intensas quanto à angústia do abandono revelado pelo silêncio do Pai. Mc 15, 34 “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” Lc 23,46 “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”. Mt 27,26 “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?” Jo 19,30 “Esta acabado”.

A cruz representa nossa rudeza, ou melhor, “dureza de coração” que necessita ser vencida. Nisto recordamos que é o próprio Deus que esta pregada nela e a vence sozinho, porém, nos torna vitoriosos juntos. É a ressurreição de Jesus, mas substancialmente é a nossa ressurreição também, esta do pecado (morte – distanciamento de Deus). A cruz se encontrava fincada a terra, assim semelhante a nossa condição humana que é elevada ao céu mesmo estando na condição de pó da terra. O amor que fora depositado ao homem, mesmo no abandono e até no silêncio da morte. Há uma linguagem silenciosa de Deus que transcende os ouvidos e ascende, isto é, transdescendente do mais alto céu ao coração humano.

É a cristofania gerada, consubstancial e corporificada na antropofania. A soteriologia crística por sobre nossa antiga condição adâmica. Jesus é alicerçado à nosso coração, epiderme e vida (nossa pneuma - espírito). O profeta escatológico como identifica o teólogo Rudolf Bultmann, este que aponta e revela a parusia, ou o resgate do primeiro Éden por nós perdido, mas sempre desejado. O reino dos céus que deve acontecer no homem, criação predileta que prefigura a imagem e semelhança do Criador que é Abba, é Pai.

Para além da dimensão humano-afetiva-psíquica-intelectual-comunitária do gênero humano. O surgimento rompante de uma sexta dimensão é validado por Jesus, a dimensão da solidão, que é revelada à experiência do crucificado no madeiro da cruz que dela brota a glorificação, o milagre da ressurreição. A radicalização de Cristo na vivência do ser humano assumido em todas as suas instâncias percorrendo desde a angústia desiludida do abandono até a falência dos órgãos e paralisação cerebral, ou seja, a morte.

A solidão, o deserto deve ser a casa por excelência do religioso. Não a instauração de um refúgio ou uma fuga de seus demônios e medos inconscientes. Mas, o despertar resplandecente de sua tenacidade ao término da peregrinação desértica ao encontro de Jesus que fulgura a face do Deus vivo, é sua epifania vivente, histórica e paternal. Aonde não há ninguém e nem seus rastros. Distantes do refúgio acolhedor da casa materna, do colo paterno e protetor do beijo ou do abraço significativo que provém do amigo- irmão ou companheiro. O deserto, essencialmente desvinculado dos acessórios tecnológicos do século XXI como do mp3, laptop ou algum livro ou instrumento litúrgico. Só há você e Deus neste dialogo entre o EU e o TU que se revela apenas o NÓS, espiritual corporificado na materialidade crística humano-divino dentro do coração que é anunciada, irradiada e ilumina ao caminhante místico que é o filho de Deus no e para o pensamento de Deus.

domingo, 1 de agosto de 2010

Matrimonio

GIBRAN KAHLIL


Agora, Almitra perguntou-lhe denovo: Que coisa podes dizer do matrimonio, maestro?
E ele respondeu:
Voces nasceram juntos e devem estar sempre juntos. Estarais juntos quando as brancas da morte perderem os vossos dias.
Sim, estarao juntos tambem na memoria silenciosa de Deus.
Mas que sera espaço no vosso estar juntos.
E que os ventos do ceu dancem entre voces.

Amem-se

Agosto

Sempre é tempo de curar as feridas. Saber esperar cicatrizar as chagas de uma realidade que contrapoe nosso ser. Estou aprendendo a esperar e por mais dificil que possa ser estou aprendendo a curar minhas proprias feridas. A melhor medico ainda é aquela que te permite ser medico de si mesmo, como Jesus que fazia terapia da palavra, analise cardiologica em coraçoes machucados e clinica de vidas jà mortas pela amnesia de seu valor.
Ainda hoje me pergunto o que procuro e talvez seja esta sua mesma pergunta antes de dormir ou instantes antes de sair de casa e colocar os pes no mundo. O alvo parace-me muito incerto e pouco nitido. Muitas luzes ofuscam os olhos daquele que porta a verdadeira luz, mas nenhuma delas é mais forte que aquela que ele porta em seu coraçao.

Portanto que essa luz que voce porta te ilumine e resplandeca sobre sua face, porque no final das contas o importante é transcender e produzir vida em vidas, se os olhos sao o espelho da alma, façamos clinica dos olhos e terapia do olhar, para que com mais serenidade possamos receber o outro em nossa retina e sintetiza-lo como parte de nosso campo visual. 

Agosto seja bem vindo!

INNO ALL'AMORE (dalla prima lettera ai Corinti di San Paolo)


 Se parlo le lingue degli uomini
E anche quelle degli angeli,
Ma non ho amore,
Sono come un metallo che rimbomba,
Uno strumento che suona a vuoto.
 
Se ho il dono di essere profeta
E di conoscere tutti i misteri,
Se possiedo tutta la scienza
E anche una fede da smuovere i monti,
Ma non ho amore,
Io non sono niente.
 
Se do ai poveri tutti i miei averi,
Se offro il mio corpo alle fiamme,
Ma non ho amore,
Non mi serve a nulla.
 
Chi ama è paziente e generoso.
Chi ama non è invidioso,
Non si vanta,
Non si gonfia di orgoglio.
 
Chi ama è rispettoso,
Non cerca il proprio interesse,
Non cede alla collera,
Dimentica i torti.
 
Chi ama non gode dell'ingiustizia;
la verità è sua gioia.
 
Chi ama tutto scusa,
Di tutti ha fiducia,
Tutto sopporta,
Mai perde la speranza.
L'amore non tramonta mai.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O erro está em quem?

  Dr Juliana Amaral


Muitas são as perguntas que chegam com queixas a respeito de namoros que não duram, de pessoas que percebem dificuldades em manter o relacionamento por longos períodos, de desencantos logo no início do namoro e assim por diante, ou seja, queixas sobre rupturas muitas vezes precoces que geram dúvidas e perguntas: quem errou? em quem está a falha?

Para exemplificar segue a seguinte pergunta "Meus relacionamentos não duram mais de um mês. Conheço alguém, me empolgo muito, mas depois começo a enjoar e a brigar por bobeira. Quero muito encontrar alguém especial e que me complete. Mas todos que conheço sempre têm defeitos que eu não suporto. As vezes, chego a pensar que o erro está em mim. Gostaria de alguma opinião que pudesse me ajudar a tornar permanentes minhas relações, uma vez que acabo perdendo pessoas legais e me desgastando com esses términos. Agradeço"

Voltando no tempo, quando todos éramos crianças, vamos recordar sobre nossas primeiras relações afetivas. No primeiro momento os pais, a família, os tios, todos faziam um grande e cuidadoso esforço para se adaptar às necessidades do bebê, muita atenção, carinho, cuidados e presença. Respeito e busca de compreensão ao que o bebê precisava, atitudes e gestos adultos para atender ao frágil bebê que chega no mundo precisando fazer grandes adaptações. De forma a fazer a vida dele mais fácil, todos contribuem com muita atenção. Nesse momento, apesar de viver algumas frustrações (afinal não existe um mundo, mesmo para o bebê, sem elas) o cenário é todo trabalhado de forma que elas sejam poucas e toleráveis para o bebê. Assim ele chega ao mundo se sentindo bem vindo e acolhido. Bebês vivem com seus pais uma relação plena em amor, afeto onde ele é sem dúvida o grande centro de suas vidas. Essa relação de profunda adaptação dos adultos com relação as necessidades do bebê dura alguns meses até que pouco a pouco os pais, em especial a mãe, retoma seus interesses no mundo lá fora e transforma com o tempo sua relação com a criança e ela passa a já não ser mais o exclusivo centro das atenções. O desenvolvimento, o crescimento vem acompanhado de perdas e frustrações, mas também de boas e novas experiências.

Tudo correndo bem, todos trarão um forte e primeiro registro de poucas falhas do ambiente até que gradativamente se fortalecem à medida que essas falhas aumentam. Fica portando a marca de uma forte ilusão que o mundo é num primeiro momento um lugar feito para nós.

O que vemos, e muito hoje em dia, são adultos que possivelmente por diversas razões não conseguiram dar o salto do amadurecimento emocional e buscam ainda nas suas relações afetivas o mesmo modelo que viveram no passado com seus pais. Buscam a ilusão de uma profunda adaptação às suas necessidades, buscam relacionamentos sem falhas (apesar deles próprios terem muitas) e buscam uma completude impossível de ser encontrada nos moldes que um dia conheceram.

"Mas todos que conheço sempre têm defeitos que eu não suporto". O que ela chama de defeitos insuportáveis, nada mais é do que as características de uma personalidade diferente da sua, alguém que pensa, sente e age de forma diferente, mas importante salientar que não necessariamente detestável, simplesmente que diverge. Esse é um bom exemplo de alguém que ainda não conseguiu dar o salto que todos precisamos a fim de conseguirmos travar relações afetivas na maturidade. A dificuldade em lidar com a diferença surge dessa forma, não tolerando o defeito do outro, relembrando que o defeito pode ser nada mais que uma característica diferente da sua.

"Conheço alguém, me empolgo muito, mas depois começo a enjoar e a brigar por bobeira." . Novamente é visto um modelo possivelmente infantil onde há a primeira ilusão de perfeição, ela se empolga, se interessa, mas aos primeiros sinais de divergência e diferença entre as personalidades, a defesa que se encontra é de enjoar da pessoa e brigar por bobeira e assim se afastar da causa do sofrimento. O que denota uma atitude infantil que ao invés de perceber que o outro tem falhas, mas que também tem qualidades, se fixa apenas nos pontos onde diferem e sente apenas a frustração não conseguindo reconhecer momentos de prazer e satisfação com o companheiro, eles passam a ter um peso menor ou quase nulo frente às frustrações. A defesa para o que incomoda é então brigar e enjoar. A briga no final acaba sendo com você mesma, o outro apenas representa suas próprias falhas e dificuldades.

"Quero muito encontrar alguém especial e que me complete." Buscar alguém especial é importante, fundamental, o risco existe na condição da completude. Quando se busca alguém que complete dois caminhos podem ser seguidos o infantil e o adulto. O infantil se configura por aquele que estamos falando, um parceiro "mãe/pai" que ame incondicionalmente, que faça esforços eternos em agradar, que tenha pouquíssimas falhas e se adapte a todas as necessidades. O adulto seria aquele que completa justamente nas diferenças, com quem se estabelece trocas constantes, tolerância para as diferenças e capacidade para frustrações. Se completar não significa se encaixar perfeitamente como na ilusão do amor dos contos de fada e sim encontrar amor, parceria e troca.

"As vezes, chego a pensar que o erro está em mim." Não precisamos falar em erro, mas é sem dúvida um ponto importante sobre o qual refletir. Podemos dizer que não o erro, mas a dificuldade em lidar com a alteridade está sim em quem age dessa forma. Sabemos que essa dificuldade não é necessariamente o único determinante para que os relacionamentos não venham dando certo, mas é certamente um aspecto muito prejudicial, afinal como manter um relacionamento adulto e maduro quando se ama de forma infantil?

Conclui-se por fim que amar na vida adulta é uma tarefa conquistada dia a dia e que começa seu aprendizado no passado, nas primeiras relações. Dessa base inicial vem a estrutura que nos permitirá amar o outro apesar de suas falhas e diferenças. Com o crescimento, tão necessário crescimento, aprende-se dia a dia que se relacionar é uma aventura vivida por duas pessoas, duas personalidades que ora terão suas semelhanças e ora suas diferenças. Essa é a graça do amor na vida adulta, mas poder viver esse amor de forma prazerosa exige que um caminho emocional tenha sido percorrido. Encontrar o prazer no amor adulto requer crescimento e requer que se abra mão de muitas fantasias e idealizações, apenas assim se estará verdadeiramente livre para amar o outro como ele é, apesar de suas falhas e defeitos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ENTÃO O QUE VALE? OS CAMINHOS DO ESPÍRITO E OS BENS QUE DELES ALCANCAMOS...

recebi esta carta de uma pessoa muito especial para mim..

18 de junho de 2010, sábado, 7 hs da manhã.

          Eu mesma já pensei que a felicidade são só os momentos felizes que passam e se esvaem como fumaça. Hoje, porém, tive uma grande lição, e por certo muito precisava. A bondade de Deus assim determinou.
          Um bebê tão frágil,como todos nascem me foi presenteado; ao vê-lo e pegá-lo no colo, logo após sua chegada a este mundo, tão frágil e pequeno, mas abrigando um espírito de luz radiante, a luz do Criador.
          CHARLES
          Filho de minha amiga Beth, na época vizinhas e passando por momentos difíceis em sua vida; meu marido, um homem acima de tudo bom, ajudou-me a prestar pequena ajuda a ela e assim é que estávamos na maternidade quando do nascimento do Charles.
         Pegando -o ao colo, nem me lembrava mais, mas disse (segundo a própria Beth) que ele teria uma grande e bonita missão em sua vida terrena!  Acontece que Charles acha que foi professia. Não. Não foi. Foi DEUS iluminando meu entendimento.Fez-me "enchergar" a luz que por certo "o ENVOLVIA"
         Charles, católico, como sua mãe, aos 22 anos reconheceu a inutilidade da matéria e tudo que dela vem. ENTÃO O QUE VALE? OS CAMINHOS DO ESPÍRITO E OS BENS que deles alcançamos, que são ETERNOS, que se aproximam da perfeição e de DEUS, a suprema PERFEIÇÃO. Que não nos deixam amargo sabor de vazio, apaziguam nossa alma, preenchendo-a de completa paz e felicidade. Foi então para o apostolado e hoje é já é Frei.
         Não me sinto dígna de tamanha felicidade, que esta bela criatura tenha se lembrado de mim e me telefonado da Itália onde agora se encontra completando seus estudos que o levará a uma categoria superior, desejada e mais do que merecida. Ele tem a UNÇÃO DE DEUS e a ajuda dos irmãos da luz que o amparam, ANJOS como ele mesmo.
         Aprendí então que a felicidade é, na realidade momentos de graça, mas que não se apagam nem se esvaem como a fumaça, porque fundo na minha alma ficará este dia, gravado para sempre. Aprendí que existe algo que nos remete a DEUS, nos eleva, nos tira dos abismos que nós mesmos cavamos com nosso afastamento dessa bendita força criadora, pura e sagrada FORÇA DE DEUS.
                                                                                          
Nancy "         

quarta-feira, 14 de julho de 2010

La vita comincia a quarant'anni?



Potrebbe essere vera questa frase di Platone (filosofo del secolo VI prima di Cristo) nel suo contesto storico, cioè l'antica Grecia, dove era molto apprezzata la saggezza dei più anziani. Oggi però mi sembra che la sapienza dei capelli bianchi sia stata sostituita dalla bellezza dei corpi plastici e dalla facce lisci e sempre giovani. .

Ma che cosa succede in questo nostro tempo? Questo è il problema: quando viviamo una apatia universale nulla accade. Quando Einstein disse che tutto era energia e anche la materia era energia condensata, forse non avrebbe visualizzato il nostro futuro che oggi è un simbolo della mancanza di energia e che non produce più la creatività e la grandezza del pensiero, ma produce bellezze artificiale. Energia male utilizzata!

Cosa voglio dire con questa piccola riflessione? Forse Platone aveva ragione e dobbiamo risorgere, forse clonare e moltiplicare il suo pensiero. La sua tesi è corretta, perché la vita comincia davvero a quarant'anni. Gli psicoanalisti sostengono che è in questo periodo, cioè quarant'anni, che l'uomo vive una grande crisi esistenziale e così, dopo questa fase, se lui resiste, certamente diventa più forte e più saggio. E se la vita inizia quando si raggiunge la piena maturità e saggezza di vivere, poi con il ragionamento logico, la vita veramente comincia a quarant'anni. Platone aveva ragione!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Noites com Sol...

Ouvi dizer que são milagres
Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragens
Noites com sol
Posso entender o que diz a rosa
Ao rouxinol
Peço um amor que me conceda
Noites com sol

Onde só tem o breu

Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor
Pode abrir as janelas
Noites com o sol e neblina
Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol

Livre serás se não te prendem

Constelações
Então verás que não se vendem
Ilusões

Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol
Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar

Pode abrir as janelas

Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
deixa o Sol entrar

sábado, 10 de julho de 2010

Diante daquele que sofre eu me reconheço


No final da vida seremos julgados unicamente pelo pequeno amor que demos... pelo sedento, pelo nu, pelo prisioneiro e pelo faminto..... o amor nos salvara!

 
Compaixão! Hoje por duas vezes escutei essa palavra e ainda necessito escutar mais vezes. Talvez, um salto do eu para o outro seja um imperativo humano, um mandamento não apenas teologico mas tambem existencial.

Hoje é um belo dia de sabado, e para os habitantes da Italia, especialmente da cidade de Siena, pode se sentir ,de uma forma bem concreta, o escaldante Sol que nos aquece ao ponto de nos fazer suar, transpirar e chegar ao limite do calor. Limite, esta é a palavra que eu desejava utilizar para chegar ate ao tema central que é a compaixão. Sem limite não existe compaixão.
Parece que falo de amor e é a mais pura verdade, quando reflito sobre compaixão preciso antes meditar sobre o amor. Palavra que não saiu de moda, mas fora substituida e deslocada para a dimensão da paixão. Descontextualizaram o amor! 
Amor, compaixão e limite. Matrimônio de palavras que se entrelaçam e interpretam-se,tornam-se sinônimos de vida e quem as encontra no caminho conhece sua profundidade. O limite: ainda esta semana uma moça disse a seu namorado “cheguei ao limite”, palavras duras que certamente saiam de seu coração, porem, um pouco de tempo depois, com a respiração ofegante lançou se nos braços do rapaz,; uma palavra de limite para depois repousar na paz do amor; Amor: Mas aonde caminha o amor? Perguntou-me um rapaz do sul da Africa no meio de nossa aula de gramatica italiana e eu o respondi: estacionado em seu coração aguardando você aciona-lo. Basta poucas palavras para descobrir que a solução esta dentro e não fora. E a compaixào: no meu percurso diario, sempre caminho quarenta e cinco minutos  e neste percurso vejo e escuto muita coisa. Duas irmãs a frente de  uma Igreja Catolica rezavam por sua amiga doente. Interrogei para saber o porque de uma prece fora da Igreja se podiam fazer dentro e elas disseram que eram muçulmanas. Olhei em seus olhos e perguntei: Qual é a religião de Deus? Vi as duas depois, acendendo uma vela dentro da Igreja e fazendo suas orações.
Compaixão de rezar pelo outro que sofre e ao mesmo tempo rezar por você que sofre junto. Caminho de pedras que necessita ser percorrido e reconhecido, mais pesado quando se porta alguem no colo, porem mais edificante. O que você carrega no colo hoje? É muito pesado? A compaixão diminui o peso e torna leve o fardo, como disse Jesus “vinde a mim vos que estais cansado e fatigado que tornarei leve vosso fardo”, o amor cobre uma multidão de pecados e a compaixão absolve.
Que possamos caminhar com o coração pleno de amor. Seremos mais compassivos e generosos com os outros. Amar o proximo como a si mesmo hoje é decreto da humanidade carente de partilha e comunhão, não podemos mais comer o pão sozinhos ou andando depresssa, é preciso fazer refeição com o outro, descansar e colocar o pão sobre a mesa para fazer partilha. Mesmo que custe alguns minutos, saibas que não custarà a vida toda e nem você sabe ao certo se terà a vida toda. Esforce-se para ser um no meio, junto e com o outro. Basta de individualismo!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vida de Cinema...


E indiscutivel que agora estamos em tempo de alta velocidade, alta voltagem e tudo segue um ritmo desumano. Parece que o tempo que antes era nosso amigo, agora se tornou nosso grande adversario. Palavras substituidas por pequenas siglas, musicas que dão mais valor ao acustico do que aos ouvidos, automoveis que em um segundo chegam a alcançar velocidades antes impensaveis, sentimentos liquidos, amores de plastico e relações formalmente convenientes.

Agora, quando penso na televisão, e para ser mais exato no famoso big brother, observo que não muito distantes do tempo estaremos vivendo algo muito semelhante que reproduza vinte e quatro horas por dia o que hoje chamamos de vida em um grande cenario com alguns atores e figurantes. A vida cinema, intitulo assim, pois a vida se tornou uma grande atração e em busca de ibope alguns estão vendendo emoções, comercializando lagrimas e sorrisos, simulando matrimonios e experiências de vida e por mais inacreditavel que possa parecer criando personagens de si mesmo como modelo de formas de vida a serem copiadas. Me pergunto muitas vezes antes de dormir como foi meu dia e se em algum momento deixei  de ser realmente transparente em minhas relaçoes. Me pergunto por aquele telefonema que realizei a uma pessoa que muito estimo e analiso a veracidade de minhas palavras, analiso o olhar de carinho que ofertei a algum amigo ou mesmo um abraço apertado dado numa ocasiao qualquer. Vida espetaculo? Pode-se viver, porem so ate o momento que você recosta sua cabeça no travesseiro, pois, dali em diante não tem a quem mentir, simular ou maquear. Para si mesmo? Não!

Andando pelas ruas de Siena, me esbarro com uma amiga vietnamita. Estudamos juntos já faz um mês e por alguns instantes me dispercei enquanto conversavamos. Desatenção porque talvez eu tivesse algo “mais importante” para fazer do que dar atenção a ela naquele instante, pois bem, ela não notou acredito eu, e alem do mais ela nem sabe que sou religioso e que tenho um compromisso com o evangelho de Jesus, porem “Eu sei quem sou” e isto me Basta! O que seria mais importante do que ouvir alguem que ao seu lado se encontra e  se dirige a você com fidelidade, isto é com confiança e amizade para falar de si mesmo? Compromisso de ser um e não mais um no mundo, parece que sou vitma agora de meu proprio descaso, neste cenario o protagonista é desatento porque se esqueceu quem é e por isso sempre deve fazer algo mais importante do que faz no momento presente. Aprendi bem a liçao moderna que diz o tempo é dinheiro, a fila anda e o ultimo chega por ultimo mesmo. Esqueci quem sou!

Talvez este seja teu caso hoje, tenha sido ontem ou quem sabe sera amanha. O que quero dizer com este pequeno escrito é que nas coincidencias e nos desencontros podemos beber agua da fonte, comer pao do ceu e falar com Deus sem saber e ainda por cima nem prestar atençao. Nada é por acaso e quando se descobre a grandeza da vida que existe em cada ser humano, não se faz pouco caso de ninguem. Sabe aquele homem que abriu a porta do onibus para voce hoje, ou aquela mulher que com uma vassoura fazia a limpeza de uma parte da cidade ou aquela moça que pintava suas unhas e depois ajeitou seus cabelos num pequeno salao de cabelereiro … talvez voce não retornara a ver-lo ou ver-las. “Tanto faz a vida continua”, isso não é verdade as lacunas que se deixam não podem ser substituidas ou voce acredita que de fato podem. A tinta da unha riscada não pode ser retocada por cima, deve ser pintada denovo, tambem o cabelo escovada, depois que algumas gotas de chuva molharam, necessita de um novo permanente. Afirmo que o imperativo hoje é atençao, para não ter que fazer denovo, porque nem sempre tem o denovo. Existe o fazer denovo para um coraçao machucado, alias, tente apagar alguma cicatriz que tenha em seu corpo. Parece que hoje a receita é tampe, esconda e jogue um pano encima.

Por fim, a vida não esta na televisao e nem há um set para uma nova filmagem caso a primeira tenha saido errada. Se a palavra foi mau pronunciada não se pode regravar a cena e nem espere o grito de um diretor após um erro de olhar ou gesto que voce não fez e deveria ter feito. A vida é real e depois que se abre a porta o vento vem, depois que se abra a janela o Sol toca a sacada da casa... é o inevitavel! Assim finalizo dizendo: sem pressa, com cuidado, com amor e sem competiçao porque sempre tera alguem que faz diferente de voce e alguns dirao que faz melhor outros dirao que faz pior, mais não há uma verdade neste discurso e apenas pontos de vista....Alias qual é o seu ponto de vista? Olhe vagarosamente para não se enganar num olhar apressado!

sábado, 3 de julho de 2010

Ler, divulgar, refletir e . . . praticar !

Estamos com fome de amor...
(JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)


O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.


Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???


Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.


E não é só sexo não!


Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalísticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...


Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens  com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez  mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodé, brega, famílias preconceituosas...


Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...


Mas e daí?  Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...


Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?


Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele...  E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.


Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...


Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

UM OLHAR MISERICORDIOSO

 

Jalal Rumi diz: “Em busca do amado contemplei enfim meu próprio coração, e lá o vi, não era outra sua morada (...). Corramos a casa do amado (...). Jurei por tua vida jamais desviar os olhos de tua face (...). Não buscarei em mais ninguém, pois, a causa de minha dor é ver-me longe de ti (...) Viaja dentro de ti. Faltam-te pés para viajar? Viaja dentro de ti mesmo, e reflete, como a mina de rubis, os raios de Sol para fora de ti. A viagem te conduzirá a teu ser, transmutará teu pó em ouro puro (...). É o Sol de Tabriz que opera todos os milagres: Toda árvore ganha beleza quando tocada pelo Sol” (RUMI, 1996, p. 64, 70, 76, 77, 80 e 81).




Na verdade estou aprendendo algumas coisas essenciais neste momento de minha vida, e tenho a convicçao que com elas posso modificar muitas feridas que por descuido deixei em meu ser e ainda não cicatrizaram. Mas o que estou aprendendo? E o que sào essas feridas? Porque não cicatrizam-se?

Aprendendo que o sofrimento é um grande professor, especialmente quando se tem a humildade de colocar-se debaixo de seus pés para aprender com ele. As lagrimas são mestras em fazerem terapia do coraçao, pois delas provem nossas afetividades, mesmo que bem resolvidas ou nào, as lagrimas ajudam a curar feridas. O silencio, este que é soberano na arte de deixar que o outro se revele mais veramente quando perto de ti, proporcionando quase sempre um belo encontro mesmo em meio aos inevitaveis desencontros.

As feridas são sangue que um dia escorreu e agora pela cicatriz, se torna sabedoria. Nos proporciona olhar para um sinal real da vida que é nossa existencia. Imanencia e transcendente ao mesmo tempo que da possibilidade de crescer, saber esperar, meditar e orar quando os caminhos não se cruzam, as vias se fecham e o Sol não aparece mais. Tenho aprendido muito com a vida e especialmente nos momentos em que estou sem direçao, sem opçao e sem inspiraçao. Momentos assim que me vem uma luz arrebatedora deslocando meu corpo e sentidos para algo muito maior que eu e que merece todo respeito, reverencia e cuidado.

Entao, o que quero dizer neste mês de julho que se inicia? Que nada melhor do que ser transparente com nossos sentimentos para não os recalcar, minimizar ou pior reprimi-los. E mesmo que a agua da fonte da vida não possuo um sabor agradavel, ela vem da fonte e fala com profundidade, porque ela conhece a nascente, conhece a origem e o poço. E é desta fonte que devemos beber e crescer para viver sem medos e arrependimentos.

Termino meu texto, relembrando-me de um olhar que esta semana me desconcertou. Olhar de misericordia que não me condenou. Olhar de amor para mim no momento que fiz tudo errado. Palavra que me disse “nao se preocupe, façamos denovo, recomeçemos JUNTOS”. Coraçao que não cabe no peito, exitem pessoas com o coraçao assim, e agora posso dizer porque vi com meus proprios olhos. Semelhante a palavra de Jo na sagrada escritura que em sua experiencia de Deus disse: agora eu creio em ti, não porque outros falaram, ou porque li coisas de ti, mas creio porque meus olhos te contemplaram meus dedos tocaram te e meu coraçao sentiu te proximo. Isto é, afirmo que esta semana Jesus olhou para mim, pegou em minha mao e disse vamos em frente, vem comigo, coragem, estou com voce, não tenha medo. E deste olhar eu nunca mais vou me esquecer.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Escrevo porque amo-te minha eterna mae


Cantero senza fine le grazie del Signore
Cantara sem fim a graça do
Senhor

Dalla lettera alla madre di san Luigi Gonzaga “Carta para a mae” de são Luiz Gonzaga

Invoco-te, minha mae e senhora, dom do Espirito Santo e consolaçao sem fim. Quando escrevia esta carta a te, me encontrava na regiao da morte. Mas nossas almas e certamente as nossas aspiraçoes objetivavam o ceu onde todos os viventes juntos louvarao ao Deus eterno. Por minha vontade desejei ardentemente encontrar-te e, sinceramente, esperava que antes das primeiras horas de partir, poder fitar vossos olhos novamente.
A caridade consiste, como disse são Paulo, no “alegrar-se com aqueles que estao na alegria e sofrer com aqueles que sofrem”. Porque, minha mae ilustrissima, tu deve alegrar-se grandemente, porque por seu merito, Deus me apresenta a verdadeira felicidade e me liberta do temor de perde-la. Confidencio a te, ilustrissima senhora, que meditando sobre a bondade divina, oceano sem fim e sem fronteiras, a minha mente se perde, pois não alcança tamanha grandeza. Não posso compreender como o Senhor me guarda e olha minha pequena e breve fadiga e me premia com o repouso eterno do ceu e me convida para aquela felicidade sem fim, que eu encima da hora havia negligenciado e o senhor oferece- me, após muitas lagrimas derramadas ,esse tesouro que é o coroamento de um grande labuto e pranto.
O ilustrissima senhora, guarda com te a infinita bondade divina, pois, é no sofrimento que se vive nesta vida, na presença de Deus, que com a sua intercessao posso chegar ao encontro de tuas necessidades muito mais que nesta vida terrena.
A separaçao não sera longa. Nos veremos no ceu e juntos unidos ao autor de nossa salvaçao gozaremos alegres a imortalidade, gloriando-o com toda a capacidade da alma e cantando sem fim a sua graça. Ele nos tira aquilo que da primeira vez deu-nos apenas para armazená-los em um mundo mais seguro e inviolável e nos ornar com os bens que ele mesmo escolheu para nos.
Eu digo estas coisas por obediencia ao meu ardente desejo que tu, ilustrissima mae e toda a familia, considerem a minha partida como um evento de profunda alegria. E que tu continues a me assistir com a vossa materna bençao, enquanto sou em mar, nas aguas que portam todas as minhas esperanças. Prefiro escrever-te porque nada me é mais manifesto claramente do que o amor e o respeito que devo ter com a senhora, minha mãe, como seu filho.

Traduçao Charles Fernando Gomes, 24 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

De onde vem as lagrimas?

De onde vem as lagrimas?

    Se desejas saber realmente, saber quem na vida mais te amou basta se perguntar: quem foram as pessoas que mais te perdoaram na vida. Resposta dificil para alguns ou facil para outros, porem de uma imensa importancia. Importancia de saber o nome, de reconhecer o rosto daqueles que inumeras vezes foram seu colo, seu repouso e seu ombro amigo de cada dia. Dias que se tornam mais encantadores e sublimes quando ha um pouso ou repouso seguro e acolhedor para elas, para as lagrimas que inevitavelmente chegam, mais cedo ou mais tarde chegam e ocupam lugar principal, protagonizam sua existencia. Pois sao elas as geradoras de vida e  ao mesmo instante geradas pelo coraçao e logo enviadas aos olhos.
    Mas de onde vem as lagrimas? Vem do coraçao!  No evangelho de Lucas (cap 7, 36-50) quando o evangelista narra a historia da pecadora que se coloca aos pes de Jesus e lava o pes do mestre com suas lagrimas e depois os enxuga com os cabelos, podemos analisar de diversas formas e configurar varias vezes para relaborar diversos significados exegeticos para esse ato, porem a resposta para seu ato esta na frase" aquele a quem se ama pouco se perdoa pouco", pequenina frase porem que denota uma humanidade absurda que possuia Jesus. Humanidade que proporciona olhar nos olhos daquela mulher e nao lhe condenar por seus pecados passados ou pequenos atos vis, pois para isto ja havia quem o podesse fazer ou ela propria se condenasse ja que podemos observar que nesta narrativa a protagonista nao fala uma palavra mas inunda com o perfume de seu ato esta trama do perdao que gera amor. Mas Jesus olhar sua alma e lhe desnuda o coraçao, desvesti sua alma. Como se pode desnudar um coraçao? Ah! com amor, somente com muito amor se pode olhar nos olhos do outro e inaugurar sua vida, fazer-lo redescobrir sua historia e sua dignidade no cenario da vida e no coraçao de Deus. E  nisto Jesus era um vivente excepcional pois suas palavras ressuscitavam vivos de seus sepulcros existenciais.
     Porem, neste cenario ha um homem que muito ama, uma mulher que carece de amor e um grupo de homens da religiao que nao ve o interno mas somente o externo. O escandalo de um profeta que toca em prostitutas e fala com miseraveis ou caminha com indignos e este é Jesus, é o filho de Deus e  ao mesmo tempo é o Deus que eles nao querem ou melhor nao entendem. O que faz uma prostituta? Vende seu corpo por um pouco daquilo que deveria ser de direito a cada ser humana, isto é alimentaçao, dignidade e amor. E o que faz este religioso do templo? Prostitui o sagrado, vende uma via para chegar a Deus como se ele fosse o proprietario do ceu ou pior  como se fosse o proprio Deus a fazer seus juizos e escolhas de quem quer que seja com seus proprios criterios e leis hipocritas.
      Mas as lagrimas respondem as nossas duvidas? Sim, pois falam de um tripe do qual necessitamos como imperativo de vida: amor, perdao e humildade. Amor para olhar nos olhos daquele que nos nao amamos, mas julgamos e por preconceito nos distanciamos, perdao para receber o outro inteiro no coraçao e restituir seu ser e reconfigurar sua existencia é o ato que retorna para quem o pratica, pois quem  muito perdoa é porque muito ama e por fim a humildade de se colocar nos pes de quem pode nos ajudar a ser mais humanos e restiuir nosso ser . Lavar seus pes com a agua mais limpida que existe que sao as lagrimas que vem do coraçao e falam de Deus. Assim, finalizo afirmando que em todo este cenario é a vida que fala mais alto e diz ame, deseje o bem e nao importa a quem apenas faça de um jeito que voce seja Deus  lagrimas, porem amanha pode ser voce a ser consolad
na vida de alguem porque hoje  pode ser voce a secaro e ter alguem a seca-las. Cuide e desperte em voce a dimensao do cuidado.

Bibliografia:

 Biblia do Peregrino, Evangelho de Sao Lucas, cap 7 36-50
  

terça-feira, 27 de abril de 2010

Eco, palavra, grito, silencio e espera...


Talvez sejam as palavras que guardei ou os suspiros que afogei ou muitos sonhos que nao realizei. Ainda vejo como em uma imagem miraculosa meus pequeninos pés de quando era menino a caminhar por sobre as pedras e sem manobra alguma a me proteger delas devido a adaptaçào que eu ja possuia, porém agora vejo meus pés sensiveis a alguns solos. Penso nesta analogia do solo e dos pés para recriar o que ha de mais sagrado em mim e repensar de forma evangélica que o solo em muitos momentos é meu coraçào batendo dia a pos dia e insessantemente a temer e desejar algo que muitas das vezes nào posso dar. Lembrar-me que meu coraçào nào é meu e que neste solo so ha caminho para dois pés que em sà consciencia e total lucidez racional nào posso mirar e nem crer, pois é um ato intencionalmente provindo e provido de fé.

Exortar meu coraçào a entender que seu solo, este o qual constantemente e ininterruptamente é tocado pela luz radiante e esplendorosa do sol é de Deus. Nem sempre é facil ser de Deus e ter coragem de pedir as pessoas que me ajudem a ser mais Dele. Fitar nos olhos que te buscam nas ruas o Jesus que nelas esta e pousar minhas palavars em seus coraçoes de uma forma quase magica para que nao desperte sentimentos de amor demasiadou que nào poderei corresponder .Sou de Deus e isto basta! Como a purpura do orvalho a tocar delicadamente a verde relva ou a diversidade de cores das flores e plantas, semelhante ao ulvo do lobo sobre a montanha que sona similar a um grande pranto para a lua azul... Cintilante como a luz do Sol que percorre toda a esfera terrena e se deleita com a presença magnanima do arco-iris ao seu redor. As cores do tenmpo, as estaçoes do ano, os dias da semana e os meses do ano foram formas do homem organizar o que de dentro emerge para fora que é seu coraçào, sua crença no que existe de mais inonimavel, indizivel, impensavel e incalculavel na atmosfera terrena e na atmosfera celestial.

No fim da vida que sào na realidade todos os dias que circundam minha existencia quero que nào me falte indubitavelmente duas coisas essenciais, pois no fim das contas o que é precioso é o essencial: O ar, este que nada pode substitui-lo e nem desejam meus pulmoes que seja assim. A pneuma ou o soar do Espirito Santo que se trasnfigura como uma pomba branca da paz e segue céu a fora em sua jornada eterna, nesta certeza serena peço que minha alma seja ar, mas nao pela sua abstracidade mas pelo seu devir louco ou enlouquecido, entorpecido pela jarra de nectar que é a vida e quem a bebe com sabedoria nào se lastima ou se torna soberbo depois, mas sim ilumina, irradia, produz calor sobre e com e no proximo......

A alegria, esta que é uma joia que em italiano se chama goia. Sinonimo de alegria ou uma pedra preciosa, este ser é um ser humano goioso em italiano um ser contente (alegre) que descobriu a joia que ha dentro de si e com subita sagacidade e um espirito altruista deseja ardentemente anunciar e até mesmo gritar a descoberta que atingiu com sua escavaçào dentro de si. Pois, mas perigoso que viajar para as mais longinquas galacias ou submergir para as mais profundas regioes oceanicas é viver sem ar e sem alegria que sào reservatorios preciosos de vida, amor, perdào e tempo. Tempo que é de Deus!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

HOMENAGEM AOS MESTRES



HOMENAGEM AOS MESTRES

                                                                                           Curitiba/PR, 18/12/2009


            Inicio esta homenagem aos professores do curso de Filosofia da PUCPR me apropriando das palavras do discípulo de Sócrates, Xenofonte, que no final de sua obra Apologia de Sócrates escreve:


Quando reflito na sabedoria e grandeza de alma deste homem (professores), não posso deixar de acordar-lhe a memória e a esta lembrança juntar meus elogios. E se dentre os enamorados de virtude alguém houver que haja privado com homem mais prestante que Sócrates, reputo-o o mais venturoso dos mortais (XENOFONTE, p. 173).


                        A VOCÊS QUE NOS DERAM TANTOS ENSINAMENTOS E NOS ENSINARAM A VIVENCIÁ-LOS COM DIGNIDADE, NÃO BASTARIA UM OBRIGADO.
                        A VOCÊS QUE NOS ILUMINARAM OS CAMINHOS OBSCUROS DA FILOSOFIA COM AFETO E DEDICAÇÃO PARA QUE CAMINHÁSSEMOS SEM MEDO E CHEIOS DE ESPERANÇA, NÃO BASTARIA UM MUITO OBRIGADO.       
                        A VOCÊS QUE SE DOARAM INTEIROS E RENUNCIARAM A MUITOS DE SEUS SONHOS PARA QUE, PUDÉSSEMOS REALIZAR OS NOSSOS SONHOS NÃO BASTARIA UM MUITÍSSIMO OBRIGADO.
                        A VOCÊS, CAROS MESTRES POR OPÇÃO, CONSCIENTES DE SUA PROFISSÃO E QUE POR AMOR A ELA NÃO DISSERAM NÃO, NÃO BASTARIA DIZER QUE NOS FALTAM AS PALAVRAS PARA AGRADECER TUDO ISSO.
                        MAS, O QUE NOS ACONTECE AGORA? PROCURAMOS SOFREGAMENTE UMA FORMA VERBAL PARA EXPRIMIR UMA EMOÇÃO IMPAR.   EMOÇÃO ESTA QUE SIMPLES PALAVRAS TRADUZIRIAM.
                        QUANTAS VEZES NOS DESPEDIMOS NÃO MAIS QUERENDO RETORNAR À FAMILIAR CADEIRA DA SALA DE AULA. PORÉM, A VONTADE DE APRENDER FOI SOBERANA, PORQUE, SE A SIMPLES PRESENÇA DE VOCÊS ANUNCIAVA QUE CHEGARAM ATÉ ALI, É PORQUE NÓS TAMBÉM PODERÍAMOS CHEGAR.
            ESTÁVAMOS APENAS INICIANDO A LUTA POR NOSSO IDEAL E NÃO PODÍAMOS PARAR, PORQUE PRECISÁVAMOS ARQUITETAR NOSSO CASTELO DE ETAPAS VENCIDAS.
            QUANTAS VEZES VOCÊS FORAM A FORÇA, A PACIÊNCIA, O ACALENTO?
            HOJE ESTAMOS FELIZES PORQUE VENCEMOS, E VENCEMOS JUNTOS MAIS UM DESAFIO EM NOSSAS VIDAS. DESAFIOS ESTES QUE DEUS NOSSO FILÓSOFO MAIOR NOS PERMITIU PODERMOS ENFRENTÁ-LOS.
            CARÍSSIMOS MESTRES QUE FIZERAM DE SUA MISSÃO MUITO MAIS QUE PURA DEDICAÇÃO, DE NOS TRANSMITIR O MELHOR DE SI, NÃO IMPORTANDO COM AS DIFICULDADES OU ABISMOS QUE ÀS VEZES A VIDA NOS IMPÕE.  ALÉM DAS TEORIAS, CONCEITOS E TÉCNICAS, HAVEMOS DE SER ETERNAMENTE GRATOS.
            HOJE ESTAMOS NASCENDO PARA UM MUNDO NOVO, NÃO MAIS NECESSITANDO DE MÃOS PROTETORAS, MAS DE MÃOS QUE COLHAM OS BROTOS DAS SEMENTES POR VOCÊS PLANTADAS.
            SEI QUE AGORA CAMINHAREMOS POR ESTRADAS DIFERENTES, MAS CONSOLA SABER QUE AS RECORDAÇÕES NOS ABRAÇAM.  NÃO HÁ DESPEDIDAS ENTRE MESTRES, CARREGAMOS VOCÊS NO MAIS PROFUNDO DE NÓS, ISTO É, DENTRO DE NOSSOS CORAÇÕES, RETRATANDO A TUA IMAGEM, MESTRE. COMO DIZIA FERNANDO PESSOA O SONHO É VER AS FORMAS INVISÍVEIS DA DISTÂNCIA IMPRECISA, E COM SENSÍVEIS MOVIMENTOS DE ESPERANÇA E DE VONTADE, BUSCAR NA LINHA FRIA DO HORIZONTE A ÁRVORE, A PRAIA, A FLOR, A AVE, A FONTE, OS BEIJOS MERECIDOS DA VERDADE”
POR FIM, TERMINO ESTA HOMENAGEM REFLETINDO O POEMA DE BAUDELAIRE EM As flores do mal que se chama NUnca mais esqueci da cidade vizinha.  
BEM, A CIDADE VIZINHA SE REMETE A UM POEMA DE BAUDELAIRE À MARIETTE UMA CRIADA QUE CUIDOU DELE QUANDO CRIANÇA. MAS O QUE É UMA CIDADE VIZINHA? É UM TERRITÓRIO DESTERRITORIALIZADO QUE NÃO COMPORTA DISTÂNCIA, MAS SE APARTA E QUEM VISITA É VISITADA... COMO O PROFESSOR QUE VISITA O ALUNO E O ALUNO QUE VISITA O PROFESSOR PARA AMBOS SE TORNAREM UMA CIDADE SÓ.
    Nunca mais me esqueci da cidade vizinha ...... (p. 363)


MUITO OBRIGADO DA TURMA DE FILOSOFIA, FORMANDOS DE 2009.     
                  

Oração Final do Fedro


A oração final do Fedro resume emblematicamente a mensagem fundamental do manifesto programático de Platão:
Fedro [...] Mas vamos embora, porque o calor já não está tão forte.
Sócrates Não convém que façamos uma prece a esses deuses, antes de seguir o caminho?
Fedro Por que não?
Sócrates Querido Pã e outros deuses que estais neste lugar, concedei-me a beleza interior e fazei que meu exterior se harmonize com tudo o que carrego dentro de mim. Que eu possa considerar rico o sábio e possa ter uma quantidade de ouro que só o temperante conseguiria tomar para si ou levar consigo. Precisamos de outras coisas, Fedro? Creio que pedi o suficiente.
Fedro Esta oração é também a minha, pois os amigos têm tudo em comum.
Sócrates Vamos, então!


Fonte: REALE, Giovane. O Saber dos Antigos: Terapia para os Tempos Atuais. São Paulo: Loyola, 1999, p. 254.