domingo, 7 de setembro de 2008

A Teosfera na Primavera.

A Teosfera na Primavera.


É preciso tirar as sandálias, colocar os pés sobre a areia e contemplar o horizonte que resplandesce do mar, aliás, o que nossos olhos vêem não é somente o mar, mas as vozes que ecoam do mar, da natureza que é sagrada e fala com o som divino de Deus. Não nos aquecemos somente com as luzes sol, mas com a irradiação que é espalhada do sol e se transforma em luz e assim produz vida, dádiva, calor e graça.


Deus se pronuncia através de sua criação e tudo que ele profere produz vida, produz nascimento. Eis a palavra que se pronuncia e emerge do mais profundo de nossos corações, pois, estamos no coração da divindade, em outras palavras, habitamos em seu peito. O absoluto sonha conosco e faz deste sonho uma canção, um poema, uma criação e é nesta inspiração de sua infinita amorosidade por nós que ele criou os planetas, as galáxias, as montanhas, as colinas e todos os elementos e seres que aqui vivem e povoam.


Derrama sobre a Terra sua benção de amor, tal como uma avalanche que carrega a todos e produz alegria, paz, divindade e neste paraíso que ele transforma a Terra Ele vem, nos visita, nos leva com ele e depois devolve para nossa casa que é dele. É um convite dos anjos que em coro anunciam sua presença, esta que só é captada com total reverência, respeito, silêncio e uma mística da amada que recebe seu amado e se deleita com sua presença pedindo que jamais se ausente, que não se vá.


É preciso nos habituarmos com sua presença, nos acostumarmos com sua presença mesmo em nossas ausências pelo dia-a-dia corriqueiro, pelas nossas canseiras, pela nossa velhiçe que a cada instante pousa em nós pedindo que não nos prendamos a face, ao corpo e sim ao espírito infantil que esta em nós, na criança que pegamos no colo e reconhecemos espantados que é Jesus. O pequeno galileu que nasce numa manjedoura e cercado de animais se faz simples para que ajoelhemo-nos diante dele e o abracemos reconhecendo seu amor.


Talvez, neste mês de setembro seja necessário replantarmos as flores de nosso jardim, regar as plantas, recolher as pétalas caídas e seguir em frente. Lembrar das rosas que prometemos ofertar para nossos achegados, visitar mais as árvores e conversar com elas, escutar com total encantamento os pássaros cantando, pisar na grama e brincar com a terra, fazer chuva de sorrisos sobre à Casa comum e nos felicitarmos de verdade com nossa família.


Acredito que se deixarmos nos contagiar com tal simplicidade de coração vamos fazer nascer um Éden em nossas vidas, vamos resgatar o coração e desfazer as desavenças passadas, vamos escrever uma canção ou um poema de nossa história e nos maravilharmos com os olhos das crianças, com o abraço de nossos velhinhos e cantarolar com os pardais, isto é, acredito que vamos e devemos urgentemente tornar lúdica nossa existência e como os pequenos que são os prediletos do Pai nos tornaremos seus filhos e filhas que sentam em seu colo, adormecem em seu peito e louvam com ele pela vida que para Deus termina com mais vida, com ressurreição.

Nenhum comentário: