segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A “Casa comum”


Sua mensagem é simples e sem rodeios, dirigida ao coração dos fatos. Eis um exemplo: "Quando os seres humanos se desentendem, mostram que esqueceram suas semelhanças fundamentais para supervalorizar razões secundárias. Por razões secundárias um homem destrói outro homem e destrói o planeta que o abriga. As crises, a violência, as queixas sobre o declínio da moralidade que nos assolam, mostram que o enorme desenvolvimento externo — sem dúvida útil e necessário — não corresponde a um mesmo nível de desenvolvimento interno da humanidade. Esse cultivar-se internamente é que garantirá nosso direito à felicidade e até à sobrevivência. Porque, por mais mortíferas que sejam as armas produzidas pelo medo e pelo ódio, é necessária a mão de um homem para detonar o gatilho." Pensamentos do 14o Dalai Lama O Discurso do Prêmio Nobel da PazOs Direitos do Homem no Limiar do Século XXI

Vivemos em tempos de uma desenfreada busca pela felicidade, pela paz e estabilidade, esta seja no sentido profissional, existencial, afetivo e pessoal. O homem se convence cada vez mais da necessidade urgente de retornar para a “casa comum”, de vivenciar de forma mais serena, infantil e simples sua vida frente aos desafios de ser simplesmente um ser particular na universalidade de competências que somos designados a obter.

A destreza e sabedoria do homem habitam no palpitar triunfante de seu coração, no suspirar eufórico de um sorriso, na leveza temperante de um abraço e na grandiosa responsabilidade de se assumir como um cidadão fraterno no universo, nas galáxias, de todo o cosmo, isto é, do mundo e no mundo. Talvez, o grito de urgência frente ao incêndio que nos deparamos todos os dias seja um sinal de vida, seja o alarme de que precisamos de água. A água para beber, para se banhar, para brincar e se refrescar do calor que sentimos pela corrida desenfreada que fazemos no percurso de nossa existência.

É tempo de parar, meditar, rezar e colocar nossa dimensão espiritual em acordo com a existencial. Reaprender a respirar, respirar as rosas, as árvores, os pássaros e dialogar com todo o universo, pois, tudo que vive e povoa conosco é luz, é manifesto do rastro da presença do Criador. Então vamos sentar na terra, brincar com as crianças, conversar com os idosos e nos inebriar das energias cósmicas que possui um ser humano.

Acredito que nossa casa comum possui o telefone com o prefixo EU, o DDD Deus e o número Felicidade. O nosso endereço é a Vida, pois, seja aonde quer que ela aconteça faz história. Somos marcos históricos, peregrino e caminhantes frente a novidade do caminho, diante dos desafios da estrada e sempre valentes para suar mesmo que o trilhar seja tortuoso e distante.

Então vamos sorrir, comer pipoca, escrever um poema e visitar nossos pais, avós, amigos e vizinhos. Vamos festejar a dádiva de viver e “não ter a vergonha de ser feliz”, quem sabe até cantar e salmodiar com as andorinhas, nos lambuzar com o mel das abelhas mesmo que tenhamos que trabalhar como as formigas ou ficar parados como as árvores ou voar como as borboletas. O convite esta lançado e não pode ser deixado para depois.

A vida é um verso, um encanto, um enamorar das possibilidades infinitas de ser feliz, de amar e mergulhar neste profundo oceano de encontros, reencontros, surpresas e filosofias que a natureza nos oferece constantemente. Vamos conversar com Deus sabendo que ele fala na escuta de nosso coração.Que tal escutarmos o que Ele tem para falar? Escuta Israel Javé teu Deus vai falar.